Guias, jornais e sites ajudam na escolha de curso universitário

FERNANDA CALGARO
da Folha de S.Paulo - 02 de setembro de 2.008

Mesmo para aqueles jovens superdecididos, é difícil não ter um friozinho na barriga ao preencher a ficha de inscrição para o vestibular. Afinal, a carreira escolhida, se não durar para sempre, será pelo menos para muitos anos. Imagine então como fica quem ainda está em dúvida sobre o que optar.

Nos próximos domingos, dias 7 e 14, das 8h às 17h, dezenas de milhares de vestibulandos, entre convictos e indecisos, vão se enfileirar nos guichês dos postos da Fuvest para se inscrever no processo seletivo 2009. No ano passado, foram quase 141 mil inscritos. O candidato deve ir a um dos 40 postos -localizados no Estado de São Paulo e listados no manual- munido do documento de identidade original, da ficha preenchida, com foto, e da taxa de R$ 105 já paga.

Para fazer parte da turma resoluta, é importante que a escolha seja consciente e serena.
"O ideal é que o jovem chegue a essa etapa com algumas definições acerca do vestibular", afirma Yvette Piha Lehman, coordenadora do Núcleo de Orientação Profissional da USP. "Ao mesmo tempo, é natural que bata uma insegurança em um momento em que algo tão importante deve ser definido." Apesar de estar em cima da hora, segundo ela, ainda é possível correr atrás de respostas. "O jovem deve se informar muito bem sobre as carreiras pretendidas. Algumas fontes de consulta podem ser guias de profissões, jornais e sites."

Fazer uma lista com as profissões entre as quais está em dúvida, relacionando os prós e contras de cada uma delas, é uma boa idéia, de acordo com Marcelo Gabriades, psicólogo do Popa (Programa de Orientação Psicológica do Anglo).

"A lista pode ajudar, mas não existe uma fórmula que sirva para todos os candidatos. O jovem deve refletir e avaliar o que se encaixa melhor ao seu perfil, quais são suas habilidades acadêmicas", recomenda Gabriades. Vale também mencionar nessa lista se há identificação com a grade curricular do curso e com a rotina da profissão.

O melhor jeito para conhecer a carreira é conversar com profissionais da área sobre a sua experiência e o dia-a-dia e, se possível, ir até o local de trabalho. Às vezes, esse contato tem o efeito contrário e também serve para mostrar que aquilo não se encaixa no seu perfil.

Dia-a-dia

Filho de um advogado sócio do Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados, um dos mais renomados escritórios de São Paulo, e de uma jornalista que faz traduções jurídicas, Fábio Corrêa Meyer, 33, sempre esteve às voltas com a área do direito, mas preferiu fazer faculdade de economia.

"Na época da escolha, via meu pai trabalhando e pensava que não queria aquilo para mim." No entanto, quando já estava no quinto ano de economia, teve de lidar com questões do direito tributário no estágio e acabou tomando gosto pela coisa. "Parei economia e resolvi prestar vestibular de novo, desta vez, para direito."

Desde o início, Fábio e o pai, Antonio, entraram num acordo: ele não trabalharia no escritório do pai porque não queria que os colegas o "poupassem" por ser filho do chefe.

"Claro que ter um pai advogado foi bom: na época da faculdade, ele me ajudava a tirar dúvidas e também consegui estágios mais facilmente por causa dos contatos dele. Tive liberdade para escolher, e minha família sempre me apoiou."

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