Politécnica da USP planeja criar curso noturno de engenharia elétrica
A Escola Politécnica da USP dá os últimos retoques no projeto de criar seu primeiro curso noturno. O plano é oferecer já no vestibular do próximo ano uma graduação noturna de engenharia elétrica, a primeira da área nesse horário no campus Butantã da USP, em São Paulo.
Pelo projeto da Poli, o curso deve ter duração de seis anos --um ano a mais do que os cursos hoje oferecidos na escola, de período integral-- e 60 vagas. "Uma comissão especial está elaborando o projeto", afirma o diretor da instituição, Ivan Gilberto Falleiros.
Dos 32 cursos de engenharia da USP, apenas dois são noturnos --um de engenharia industrial química, em Lorena (campus incorporado em 2006), e outro de engenharia de alimentos, em Pirassununga.
"Queremos atingir um público que trabalha e também precisa estudar. A USP não tem tradição de oferecer cursos noturnos de engenharia", afirma Paul Jean Jeszensky, presidente da comissão de graduação da Poli e responsável pelo projeto.
A proposta já teve aprovação inicial da Congregação da Poli, órgão máximo de decisão da escola. A pró-reitoria de graduação da USP também deu sinal positivo em uma consulta informal, segundo Jeszensky.
"Está tudo bem adiantado, falta acertar alguns detalhes", diz o vice-diretor da Poli, José Roberto Cardoso. O próximo passo é enviar o projeto à própria comissão de graduação da Poli, que deve votá-lo em maio.
"Em agosto, se tudo correr bem, o projeto passa pelo Conselho de Graduação da USP. A ideia é levá-lo para votação no Conselho Universitário até o fim do ano", afirma Jeszensky.
Consultada pela Folha, a pró-reitoria disse que não se manifestaria, pois ainda não recebeu oficialmente o projeto.
O curso noturno terá disciplinas similares às do integral, porém com formação mais generalista, afirma Falleiros.
"Durante o dia a Poli está saturada, mas à noite há muita estrutura que não é aproveitada", diz o vice-diretor Cardoso.
"Já surgiu interesse para criar outras três graduações similares no período noturno", afirma Jeszensky.
Folha Online
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