Programa do MEC para Enem retira itens de matemática, dizem professores

Professores avaliaram documento que detalha conteúdos do novo Enem.
Foi excluído estudo de matrizes, determinantes e números complexos.

Do G1, em São Paulo, com informações do Portal RPC*

Em matemática, itens importantes ficaram de fora. Em literatura, as orientações foram muito abrangentes. A pedido do jornal Gazeta do Povo, professores e diretores avaliaram o documento que detalha os conteúdos das questões do novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O programa foi divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) em 14 de maio e pontua as informações que o aluno precisará saber nas quatro grandes áreas do exame (linguagem e códigos; matemática; ciências da natureza; e ciências humanas).

No programa de matemática, foi excluído o estudo de matrizes, determinantes e números complexos. Para o professor Pedro Adriano Brandalize, diretor do Curso Acesso, em Curitiba, a redução de itens permitirá que os professores tenham mais tempo para trabalhar os conteúdos restantes. “Os conteúdos propostos pelo MEC priorizam os pré-requisitos necessários para que o aluno possa desenvolver as outras habilidades na graduação”, observa.

Já na opinião do diretor educacional do Curso Unificado, Jacir Venturi, esses itens não deveriam ter sido retirados. “O programa deve ser mais enxuto, mas não se justifica eliminar matrizes e determinantes, pois são capítulos relevantes para boa parte dos cursos universitários, especialmente de informática”, afirma. Para ele, o programa de Matemática poderia ser reduzido de 20% a 30% retirando-se subitens da álgebra, geometria e trigonometria.

Para o professor João Amálio Ribas, do Colégio Bom Jesus e dos cursos Acesso e Apogeu, o programa de literatura compromete o objetivo do MEC de “enxugar” os itens de estudo. ”As diretrizes vão na contramão dessa proposta, pela generalidade dos pontos apresentados”, afirma. O documento não cita escolas literárias e diz apenas que o estudante deverá conhecer os “elementos de continuidade e ruptura entre os diversos momentos da literatura brasileira”. “Alguns julgam o Quinhentismo como parte da literatura nacional; outros dizem que ela começa a partir do Romantismo”, afirma.

Embora recomendem ajustes no documento, todos os professores e diretores ressaltam a importância das alterações. Segundo o supervisor-geral do ensino médio do Dom Bosco, Artur José Rodrigues Xavier, a maior mudança será na forma de cobrar os conteúdos. “O que ficou claro é que não serão cobradas fórmulas. Elas podem até ser fornecidas, mas serão dados caminhos para que o aluno possa resolver a questão por outros meios. Da mesma forma, não serão cobradas datas históricas, mas o aluno precisará estabelecer a relação entre diferentes dados históricos”, explica.

*(Com informações do Jornal Gazeta do Povo)

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