Redação exige treino freqüente
FERNANDA CALGARO
da Folha de S.Paulo
da Folha de S.Paulo
Escrever bem exige treino. Ler ajuda, e muito, mas não basta para fazer bons textos. E, nos vestibulares, isso pode ser decisivo para a aprovação. Na Unesp, por exemplo, a redação representa 20% da nota final do candidato.
O estudante que quiser garantir pontos extras deve aproveitar os cerca de seis meses que o separam de alguns dos principais vestibulares do país e dedicar parte do seu tempo para escrever. O principal, dizem especialistas ouvidos pela Folha, é treinar com freqüência. O número de redações sugerido por eles varia de um a três por semana, mas todos são unânimes: só se aprende a escrever escrevendo.
Estruturar os tópicos e elaborar um rascunho antes da versão definitiva é o mais recomendável. Depois de pronto, pedir a colegas ou parentes que leiam o texto pode ser útil, mas, sempre que puder, peça a orientação de professores de português. "Só um profissional que domine o assunto poderá apontar corretamente as falhas. E isso é fundamental para não ficar reproduzindo os mesmos erros", ressalva Maria Aparecida Custódio, professora do laboratório de redação do Curso e Colégio Objetivo.
Quanto mais leitura e bagagem cultural o estudante tiver, mais referenciais usará no texto. "A alusão a um trecho de música ou romance --desde que pertinente ao contexto-- pode enriquecer o texto."
A falta de vocabulário é uma das coisas que mais preocupam o estudante John Wilder, 18, na hora de escrever. "Faltam palavras", conta. Para compensar, ele tem lido as obras cobradas nos vestibulares e se informado por meio de TV e de internet.
Prova
A proposta da prova deve sempre ser seguida. "A fuga do tema zera a nota", ressalta Maria Thereza Fraga Rocco, vice-diretora da Fuvest, que elabora o vestibular da USP.
Anibal Telles, professor de redação do Anglo, afirma que o candidato não deve ter medo de colocar sua opinião. "Ele deve tomar partido, sem deixar de sustentar seu ponto de vista nem sair do tema."
A primeira fase da Unicamp acontece no dia 18 de novembro, com uma prova que inclui a redação e 12 questões dissertativas. Há um único tema e pode-se optar entre dissertação, narração ou carta. "A principal característica é ser uma avaliação de leitura e escrita", explica Meirelen Salviano Almeida, coordenadora da redação.
É fornecida uma coletânea de trechos de revistas, jornais e até tiras de quadrinhos, que deve ser usada para basear a construção do texto.
Na Fuvest, a redação é feita na segunda fase. Na Unesp, a dissertação faz parte da prova de português, que tem ainda dez questões.
A correção das redações nos principais vestibulares costuma ser feita, em geral, por dois examinadores --um não sabe quem é o outro. Se houver grande discrepância entre as notas, um terceiro corrige.
Da Folha OnLine
22 de maio de 2.007
O estudante que quiser garantir pontos extras deve aproveitar os cerca de seis meses que o separam de alguns dos principais vestibulares do país e dedicar parte do seu tempo para escrever. O principal, dizem especialistas ouvidos pela Folha, é treinar com freqüência. O número de redações sugerido por eles varia de um a três por semana, mas todos são unânimes: só se aprende a escrever escrevendo.
Estruturar os tópicos e elaborar um rascunho antes da versão definitiva é o mais recomendável. Depois de pronto, pedir a colegas ou parentes que leiam o texto pode ser útil, mas, sempre que puder, peça a orientação de professores de português. "Só um profissional que domine o assunto poderá apontar corretamente as falhas. E isso é fundamental para não ficar reproduzindo os mesmos erros", ressalva Maria Aparecida Custódio, professora do laboratório de redação do Curso e Colégio Objetivo.
Quanto mais leitura e bagagem cultural o estudante tiver, mais referenciais usará no texto. "A alusão a um trecho de música ou romance --desde que pertinente ao contexto-- pode enriquecer o texto."
A falta de vocabulário é uma das coisas que mais preocupam o estudante John Wilder, 18, na hora de escrever. "Faltam palavras", conta. Para compensar, ele tem lido as obras cobradas nos vestibulares e se informado por meio de TV e de internet.
Prova
A proposta da prova deve sempre ser seguida. "A fuga do tema zera a nota", ressalta Maria Thereza Fraga Rocco, vice-diretora da Fuvest, que elabora o vestibular da USP.
Anibal Telles, professor de redação do Anglo, afirma que o candidato não deve ter medo de colocar sua opinião. "Ele deve tomar partido, sem deixar de sustentar seu ponto de vista nem sair do tema."
A primeira fase da Unicamp acontece no dia 18 de novembro, com uma prova que inclui a redação e 12 questões dissertativas. Há um único tema e pode-se optar entre dissertação, narração ou carta. "A principal característica é ser uma avaliação de leitura e escrita", explica Meirelen Salviano Almeida, coordenadora da redação.
É fornecida uma coletânea de trechos de revistas, jornais e até tiras de quadrinhos, que deve ser usada para basear a construção do texto.
Na Fuvest, a redação é feita na segunda fase. Na Unesp, a dissertação faz parte da prova de português, que tem ainda dez questões.
A correção das redações nos principais vestibulares costuma ser feita, em geral, por dois examinadores --um não sabe quem é o outro. Se houver grande discrepância entre as notas, um terceiro corrige.
Da Folha OnLine
22 de maio de 2.007
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