Web pode ajudar estudantes no vestibular

Grupos de estudo online, sites confiáveis e vídeo-aulas são algumas das ferramentas disponíveis para o aluno

Bruno Galo

A web é uma valiosa fonte de informação, mas nem tudo lá é relevante ou confiável. Assim, como fica o vestibulando que, às vésperas do encerramento das inscrições para o vestibular 2009, quer usar a rede como aliada? Há professores e alunos que, ressabiados em relação à credibilidade do conteúdo online, preferem descartá-la – ainda reforçando que um computador conectado também é uma fonte de dispersão de atenção para quem busca justo o contrário. Mas a internet pode servir como grande parceira do estudante às vésperas do exame.
Para isso, é preciso disciplina e organização para driblar as possíveis tentações (MSN, Orkut, YouTube, etc.) e identificar as informações mais confiáveis. Complicado? O Link mostra o caminho.

“O jovem tem muita dificuldade para estudar sozinho”, observa a professora de matemática Maria Ângela de Camargo, do colégio Ítaca. Coincidência ou não, eles têm procurado outros vestibulandos na hora de utilizar a internet como ferramenta de estudo.

Michel Souza, de 21 anos, por exemplo, criou a comunidade Grupo de Estudo Online no Orkut, pensando em aproveitar melhor o seu tempo na rede. “Eu gosto muito de ficar na net e isso acabava atrapalhando o meu estudo”, lembra Souza, que hoje cursa design gráfico na Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). Ele conta que chegou a estudar com outras 15 pessoas por meio do Paltalk (www.paltalk.com), programa de bate-papo online com recursos de áudio, texto e vídeo.

Souza, que também fez cursinho, acredita que o auxílio do grupo de estudo foi fundamental para o seu sucesso no vestibular. Ele destaca, porém, que “apesar das fontes quase infinitas da web, tem muita coisa ruim”. Eis uma importante questão na hora de estudar na rede. Pensando nisso, ouvimos professores e especialistas de diferentes colégios e cursinhos de São Paulo para saber o que há de melhor na internet dividido por matéria (mais informações abaixo).

A comunidade criada por Souza continua no ar. Foi a partir dela que a estudante de Belo Horizonte Thais Prado, de 18 anos, tentou criar um grupo de estudo pelo Messenger. A experiência não foi lá muito bem sucedida. “Diversas pessoas chegaram a me adicionar demonstrando interesse”, lembra. “Mas, pelo que vi, estudar para eles não era algo que estava em primeiro plano”, conta Thais, que vai prestar vestibular para medicina e faz cursinho.

Os contratempos de Thais revelam uma importante dica aos interessados em criar um grupo de estudo: procure pessoas com os mesmos objetivos. Atualmente, Thais estuda com outras duas pessoas da mesma cidade que ela e que também querem passar em medicina. “Boa parte do tempo que passo hoje em frente ao computador tornou-se mais produtivo”, conclui Thais.

“O jovem que deseja se preparar dessa forma deve criar um plano de estudo”, afirma Adilson Garcia, diretor do colégio Vértice. “Disciplina e organização são essenciais”, complementa o “experiente” Michel. “Tem que estar muito atento para não perder o foco nem começar a bater papo”, afirma.

“A rede é hoje uma ferramenta indispensável de pesquisa, rica na variedade de fontes e em perfeita sintonia com o público jovem”, afirma o diretor pedagógico da escola Móbile, Blaidi Sant’Anna.

Ele acredita ainda que a resolução de vestibulares passados pelos estudantes é essencial nessa etapa da preparação. O site da Fuvest, o maior e mais concorrido vestibular do País, por exemplo, oferece simulados online das provas desde 1980.

Outra boa forma de manter contato com os colegas que possuem o mesmo objetivo que você são os grupos de discussão online, como o Google Grupos (groups.google.com.br), o Grupos.com.br e o Yahoo Grupos (br.groups.yahoo.com). Eles podem ser usados para tirar dúvidas entre os seus membros e contar até com a participação de algum professor.

ENGENHARIA OU PUBLICIDADE?Mas como estudar sem sequer saber qual curso prestar? “A web é uma ferramenta muito importante de orientação profissional, com informações sobre as universidades e o curso escolhido”, observa o coordenador pedagógico do colégio Pentágono, Emerson Barreto.

Os sites das universidades e faculdades costumam oferecer uma série de informações úteis sobre as profissões e o próprio curso. Na web é possível ainda encontrar, por exemplo, testes de temperamento ou vocacionais que podem ajudá-lo na hora de escolher o curso.

Mas corra. Muitos dos principais vestibulares do País já estão com as inscrições abertas e o prazo final de alguns deles vai apenas até meados de setembro. Para saber o calendário completo, além de taxas e outras informações, os endereços das próprias instituições de ensino são o melhor canal.

Depois de tudo isso, só nos resta desejar, aos vestibulandos, como Thais, uma boa prova

Link Estadão

25 de agosto de 2.008


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