Crescimento da economia chinesa é assunto de prova

Em mais uma daquelas viradas da História que o Século 21 está se acostumando a nos brindar, a China ultrapassou a Alemanha e se tornou a terceira maior economia do mundo, segundo dados divulgados este mês pelo Escritório Nacional de Estatística chinês.

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Um quarto dos habitantes da Terra é chinês, e o país oriental cresce na faixa de 10% há uma década. Ou seja, não deveria ser surpreendente que ele seja a terceira maior economia do mundo, atrás dos Estados Unidos e do Japão. Mas o interessante, e razão pela qual a situação econômica chinesa cai a toda hora nas provas de Geografia, é que o sucesso do maior país comunista do planeta vem de um sistema que combina a organização socialista com a mais pura economia de mercado capitalista.

O professor de geografia do Anglo Vestibulares Tomás Rech da Silva conta que o governo chinês criou, nas últimas duas décadas, zonas econômicas especiais nas quais turbinou a industrialização acelerada, à custa da mão-de-obra barata, abundante e isenta de impostos das grandes cidades do litoral. Enquanto estas se desenvolveram, o interior chinês seguiu atrasado e rural, diz Silva.

Não que falte investimento, avalia o professor, mas mecanizar a agricultura provocaria outro fenômeno que o aluno deve saber conceituar: o êxodo rural, com migração em massa para cidades. "Nos últimos anos, o governo chinês vem criando zonas especiais no interior também, para aliviar a pressão de quem vai procurar emprego na cidade", diz Silva.

A China é comunista quando o assunto é partido único, controle dos meios de informação e ideologia marxista, mas capitalista das mais selvagens ao competir no comércio global. O professor chama de "socialismo de mercado" a fórmula que permite a multinacionais utilizarem os trabalhadores chineses para produzir produtos muito mais baratos à custa de salários bem mais baixos em comparação aos concorrentes ocidentais e, ao mesmo tempo, mantém o país fechado a manifestações contra o regime, inclusive nos focos separatistas existentes em várias províncias.

"O controle rígido do sistema comunista permite esse planejamento das regiões e vai fazer, por exemplo, que a China perca em alguns anos o título de país mais populoso do mundo para a Índia, que não controla suas etnias com mão de ferro como os chineses justamente por ser uma democracia", explica o professor Silva.

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